quinta-feira, 2 de abril de 2009

Palavra da semana: Vazio.

Sinceramente, eu não sei explicar o vazio. É complexo, é clichê. Preciso de algo mais descritivo e exato. Tudo bem, deixe-me tentar...

É algo como estar e não estar. Sentir e não sentir. As duas coisas se anulam, aí sobra apenas o vazio. Porque aí então não te sobra nada por determinado espaço de tempo. É como se você não vivesse, como se estivesse fora, em outra dimensão talvez, você sabe que não está ali. Não sua mente. Apenas seu corpo, porque afinal de contas, alguém tem que sorrir para as pessoas todas as manhãs e sentar-se a mesa com a família no almoço. Esse é o trabalho do corpo, mas não da mente. Onde, exatamente, está a mente? Bem, eu não sei dizer. Eu sinto como se estivesse em “comando automático’’. Acho que posso concluir que minha mente tem vontade própria, e tanto ela quanto meus sonhos têm poder de teletransporte. Ambos estão a alguns quilômetros daqui, acompanhando a pessoa que eu mais amo em todo mundo, tentando fazer com que ele não se sinta sozinho. Pois eu sou composta de três partes principais: Corpo, mente e sonhos. E apenas meu corpo não está com ele agora, pois as outras duas partes nunca deixaram de estar ao seu lado.

Acho que esta é a explicação pro meu vazio. Estou incompleta. Sou apenas corpo. O vazio é apenas a minha vontade de estar junto de meus sonhos, minha mente, do amor da minha vida. E a cura disso é o tempo. Só me restam o vazio, algumas xícaras de café e os olhos fixos nos ponteiros do relógio que insistem em passar dolorosamente devagar.

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