domingo, 13 de novembro de 2011

Endless Entertainment

Tive um daqueles momentos em que surgem epifanias; um momento muito breve, enquanto eu observava a água da chuva escorrer pela janela escura do quarto. De um jeito ou de outro, a chuva sempre me leva a pensar... As vezes dói. As vezes não faz sentido. As vezes é inútil. Mas é inevitável.

De qualquer modo, voltando ao foco do pensamento-epifania , eu percebi que mais difícil do que deixar que alguém entre na minha vida, é manter essa pessoa por perto. Nós podemos começar com um oi-te-vi-hoje ou um elogio ou qualquer forma interessante de se iniciar um diálogo. - Um diálogo bem elaborado é a forma mais fácil de prender minha atenção. As pessoas com conversas agradáveis são raras. A maioria foca o diálogo em si e acaba num monólogo, e eu acabo sendo a platéia.

A gente não sabe usar o tempo a nosso favor; pois o mesmo tempo que faz uma relação evoluir, também a desgasta. É exatamente com isso que é complicado lutar: O desgaste. Até que tudo vira pó e o vento se encarrega de levar para longe.

...Mas o fato de deixar-alguém-entrar e de manter-alguém-na-sua-vida não é mais difícil do que perder alguém que você ama. Nenhuma sensação – E estamos falando de muitas sensações – é pior do que perder alguém. Por isso a gente tenta. Por isso a gente espera que o nascer do sol amenize uma briga e o tempo a apague. Por isso a gente engole o orgulho como se fosse café amargo. Porque é melhor sentir a breve dor de um orgulho partido do que a partida de alguém essencial.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Rascunho.

Na sua ausência minha essência desaparece. Transformo-me num peso programado para aquilo que o cotidiano lhe oferece.

Uma metamorfose que se repete sempre que a dor começa a latejar.

Torno-me um céu nublado que devora tudo com um cinza tão vago quanto a ausência de cor; Um cinza que preenche o ambiente com um tom blasé. Um silêncio que não incomoda; é apenas um sinal de que todas as angústias se calaram, e meu interior não grita mais... Apenas descansa. Torno-me um abraço que se repete em algum lugar do tempo, e que me aconchega como se dissesse “Se acalme, tudo vai ficar bem”. Algo tão vago que dispensa qualquer sentimento.

E isso não dói, apenas acalma. Aconchega a alma. E as memórias não me pegam mais de surpresa como ondas vorazes por tranqüilidade, as memórias parecem ter sido dopadas, tranqüilizadas. Elas ainda estão lá, ainda carregam consigo vestígios de dor, mas estão fracas demais para me fazer sair da indiferença.

Mas a gente sempre tem que acordar desse transe. A gente sempre tem que sentir. A gente sempre tem que abraçar a angústia. A gente tem que viver e criar nossas próprias cicatrizes.

E a vida sempre altera entre lagarta e borboleta.

terça-feira, 28 de junho de 2011

I need to see your face to keep me sane.

O que corria pelas minhas veias naquela terça-feira congelante era o medo. Medo do tempo. Medo, mais especificamente, das 15:45 da tarde.

Eu o olhava calada enquanto meus pensamentos borbulhavam na minha cabeça. Volta e meia mordia meus lábios – Um gesto bem comum para mim. Significa que estou tentando não chorar – e não ousava pronunciar uma palavra. Meu silêncio era seguro, era como se fosse um muro de contenção para qualquer lágrima que quisesse sair. Se eu separasse meus lábios, se eu deixasse as palavras saírem, a contenção desabaria e as lágrimas escorreriam pela minha face... Isso seria lamentável.

Parece que o choro é uma tentativa ridícula e desesperada para pedir atenção. É quando você dilacera seu orgulho e nada mais importa. Você só chora e espera que isso resolva tudo. Mas tudo que você consegue é parecer ridículo e frágil.
Ele iria mesmo embora. Era isso. Eu não poderia fazer nada para mudar este fato.

A sucessão de fatos que ocorreram, então, foram baseadas num impulso que eu conhecia bem. - Eu. Ele. Uma porta trancada. Frio. Silêncio. Toques. Beijos. Abraços. Nudez. Intimidade. Conforto.

Continuei com meus dentes pressionando meus lábios. Qualquer lágrima estragaria tudo. Nem mesmo encará-lo eu conseguia, porque doía pensar que em alguns instantes ele não estaria mais ali.

E quando a cena mudou, quando esse ato se encerrou, eu chorei. Chorei sem culpa. Chorei porque doía. Chorei porque não queria guardar isso. Era angustiante demais para manter dentro de mim.

Mais alguns abraços e já era hora de ir. Hora de ele ir. Hora de ele levar parte de mim consigo.
Agora as lembranças me envolvem, me assistem, me devoram e meus lábios continuam entre meus dentes. Mas tenham certeza de que nada dói mais do que uma despedida. Ela nos faz provar o gosto do fim.



...Porque nem toda despedida é um fim, algumas são apenas um espaço de tempo entre um encontro e outro. Um espaço onde habita a saudade.

sábado, 4 de junho de 2011

Self-love.

Amor próprio é aquela pontada que a gente sente no peito, como se a nossa consciência implorasse silenciosamente para que parássemos de insistir naquilo que não nos levará a lugar algum. E a gente insiste em tentar seguir em frente em ruas sem saída. A única solução é voltar. Voltar e trilhar um novo caminho. Uma nova tentativa. É aquele nó que se forma em nossa garganta, nos impedindo de chorar, porque as lágrimas deterioram toda nossa superfície supostamente forte, e a gente se expõem, numa fragilidade incontestável. É quando a gente se abraça, tentando encontrar um ponto de fuga de pensamentos melancólicos e doloridos, procurando no Amanhã a cura para o Ontem e o alívio para o Hoje, com pensamentos de “Isso vai passar.”

Nós sentimos um prazer amargo na auto-tortura; Pisamos sobre cacos de vidro. Sobre aquilo que se quebrou e não pode ser consertado. Naquilo que machuca incessantemente. A dor afiada perfura nossa pele e parecemos amar nos sentir sangrando.

E quando isso acontece, é sinal de que a dor está partindo seu amor próprio em pedaços e parece ser quase impossível juntá-los. Mas a gente sempre junta. A gente sempre escapa de ruas sem saída. A gente sempre para de pisar em cacos. A gente sempre cicatriza o ontem.

É tudo uma questão de tempo, porque ele transforma os cacos em grama verde. Abre caminhos paralelos à ruas sem saída, ele transforma o ontem em breves lembranças vagas...

Mas as feridas ele não cura, apenas as enfraquece.

sábado, 7 de maio de 2011

Lover I don't have to love.

Essa é uma história sobre um quase amor entre Bruno Angeli e Malena Carvalho. Ele um homem que sentia-se na necessidade de amar, e ela uma mulher que não procurava por um amor, mas não significava que ela não encontrou.

Havia dezenas de vozes se fundindo numa multidão que parecia interminável. Os olhos de Bruno corriam indiferentes pelas faces que o cercavam. Nada tão fascinante. Nada com um magnetismo forte o suficiente para roubar um olhar demorado. Mas ele era apenas mais uma vítima do destino, da sorte, do acaso ou qualquer coisa. Num átimo, seus olhos se fixaram numa pessoa que – não tinha certeza ainda – poderia superar suas expectativas sobre alguém-interessante-e-diferente. Seus olhos a observavam vorazes, e percorriam toda a extensão do seu corpo sem que ele percebesse. A imagem a sua frente havia lhe roubado a sanidade por alguns minutos, e ele era apenas um corpo estático diante de dezenas de outros que se moviam no ritmo da música. – Que naqueles minutos parecia ter cessado. Não havia som, não havia movimento, não havia mais ninguém além dele e da mulher que observava. No meio de tanta gente desinteressante, tanta gente indiferente, tanta gente que parece não corresponder as suas necessidades, sempre há alguém em quem enxergamos uma luz de esperança reluzindo em sua volta. O primeiro olhar roubado se chama atração, mais alguns olhares e a atração evolui para uma paixão e quando todos os seus olhares se voltam apenas para uma única pessoa, é amor.

Houve por parte dele uma aproximação, uma tentativa de conversa que acabou dando certo e acabou os levando a algum lugar. Apresentaram-se com um simples Prazer-Bruno-Prazer-Malena. Sairam da zona de estou-morrendo-de-vergonha e ultrapassaram a linha da insegurança. Eles pareciam se completar perfeitamente. Como se um fosse a perfeita simetria do outro. É assim que tudo começa.

Mas os dias passam e a intimidade acaba tirando as cores daquilo que parecia ser perfeito. É fácil amar alguém no começo porque é necessário convivência para conhecer os defeitos do outro. E é necessário paciência para aceitá-los. Então no começo não é amor, é apenas um teste. O amor vem depois de todas as tempestades e vendavais, isso se tudo tão afundar.
Ele percebeu que as cores foram desaparecendo frequentemente. Que o cinza já aconchegava-se sobre eles, e suas conversas se tornavam cada vez menos interessantes. Que seus olhares desviavam dos dela. E uma lacuna parecia crescer sobre eles. Eles se tornaram cúmplices numa tentativa de salvar aquilo que estava dando seus últimos suspiros. Um quase-amor enfraquecido pela indiferença. Eram amantes que não se amavam.

E quando o fim chega, alguém sempre tem que sair ferido. E assim se fez. Ele pronunciou as palavras que colocavam o ponto final nessa breve história de um quase-amor. Ela chorou, contestou, e disse que as coisas poderiam ser diferentes. Por que é necessário chegar ao fim para querer mudar as coisas? Por que não se pode mudar no decorrer do tempo?

Ela dizia inconformada que as coisas não precisavam terminar assim. Ele dizia firme que se continuassem ele a magoaria. Respirando fundo, numa última tentativa de não perder aquilo que ela acreditava ter salvação, ela apenas disse que...

...De qualquer forma ela se magoaria. Tanto com o fim quanto com a tentativa de insistir nisso. Porque o amor é uma desculpa para se machucar, e para machucar alguém.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Jamille Rocha Miranda era seu nome.


Carregava sobre si todo o peso de promessas partidas e memórias que morreram antes mesmo de acontecerem. Vivia num mundo criado por ela, como um refúgio de uma realidade insustentável que teimava em trazê-la para baixo. Se fosse criança, a realidade seria aquele monstro no armário que te faz se esconder sob seus cobertores. Assim era a vida, mesmo não sendo mais criança. Escondia-se sobre os cobertores coloridos de sua fantasia, espiando a vida real vez-ou-outra. Eu jamais ousaria dizer que ela não era feliz – A dor não aniquila a felicidade. A felicidade é como fênix, e a dor são as cinzas… A felicidade sempre retorna, tão intensa quanto fora uma vez, mas de uma forma diferente.


Jamille amava muito. Amava tanto que doía. Doía a confusão que isso causava dentro de si. Era como se, de repente, todo seu corpo se transformasse num labirinto nos limites de sua pele, e ela estivesse completamente perdida em seu interior. Doía a incompreensão que constantemente a embalava e impedia de dar passos firmes. Doía a insegurança que a abraçava e sussurrava em seu ouvido palavras sobre um fim tão possível quanto qualquer outra coisa.


Estava cansada de se destruir com sua falta de auto-confiança. Mas ela já sabia – Pois havia sentido em sua própria carne a dor causada pela estaca afiada chamada “Adeus” – que não era tão difícil amar, difícil era conviver, ceder, compreender, aceitar, perdoar… – E guardem bem isso, eu ouso dizer que Perdoar é o ato mais difícil de ser realizado. O erro do outro pulsa em sua cabeça e devora todos seus outros pensamentos, é impossível se livrar dele, é impossível esquecer, a gente só guarda num baú de decepções que a gente tem lá dentro – Amar é fácil, difícil é conviver com as consequências do amor.


Entrou no banheiro para, numa tentativa desesperada, livrar todos os seus fantasmas com uma água quente tocando sua pele branca. Deixou a água escorrer sobre si e, apoiando a cabeça contra a parede gelada do banheiro, percebeu…



…Algumas pessoas foram feitas para se amar, mas não para ficarem juntas.


sábado, 23 de abril de 2011

O Fim.

O fim é quanto a eternidade acontece numa promessa quebrada. Sim, uma eternidade. Porque a partir do momento em que algumas memórias nascem, elas se tornam imortais. Então elas se repetem no infinito… A promessa quebrada sobre o “Para sempre” não mata as lembranças, eu ousaria dizer até que as fortalece. Parece que precisamos perder ou estar longe de alguém para buscarmos as memórias que criamos; E essa busca por memórias se chama saudade. Então a eternidade não morre realmente, ela se repete infinitamente através da memórias. E eu sei, nós sabemos, como eu disse anteriormente, algumas memórias são imortais… E são um fardo doloroso de carregar.

Talvez não tenha ficado claro, – Provavelmente não ficou – mas é assim que eu vejo O Fim.

domingo, 3 de abril de 2011

Naquela manhã de outono, me peguei olhando pela janela, olhos perdidos num horizonte indiferente, pensamentos inconstantes. E com um vento frio me abraçando, um pensamento em particular congelou: “Ele não merecia isso.”

Na noite anterior havíamos dormido juntos, e ele me tomou em seus braços aconchegantes e protetores, eu descansei ali, com nossos corpos entregues a lençóis quentes. Com o pensamento seguro de que na próxima manhã ainda pertenceríamos um ao outro.

Aí veio o dia seguinte... E o dia seguinte torna o dia interior meio ofuscado, e com o passar dos dias o passado se torna ainda mais opaco, então nossa imaginação tenta juntar os fatos que acabamos esquecendo, e de repente tudo se torna uma história inventada pelo nosso cérebro. Mas, continuando o raciocínio, o dia seguinte iniciou-se. E é aí que esse texto realmente começa.

Eu levantei cedo por algum motivo sem importância, mas acordei. E eu senti uma dor tão indesejada, tão inesperada, tão insuportável que logo tudo de bom que eu havia acumulado nos dias anteriores havia se transformado em nada.
Um acontecimento ruim desestrutura toda a construção dos bons. É como uma doença. É como uma sina.

Eu sabia que precisava dele, eu sabia que devia compartilhar isso, para aliviar o peso desse fardo, eu sabia que sozinha eu não daria mais nenhum passo, mas ele já estava cheio das minhas dores, das minhas manhas, das minhas palavras sem sentido. Ele estava cansado de me avisar, de me alertar e de abrir meus olhos. Mas ele era o único alívio que eu possuía.

Mas não era justo. Ele não merecia isso.

sábado, 26 de março de 2011

You read me like a book.

Não é assim. Não é como se as pessoas pudessem simplesmente nos ler. Não é como se nossos significados estivessem estampados em nossas cascas. Não me visto com frases óbvias sobre mim. Você não pode me resumir ou me concluir. Não sou um livro para afastar uma eventual falta do que fazer. Não é assim.

Apenas eu leio o livro de toda minha existência, de todo o meu cotidiano, porque ele está impregnado em minha mente, em minhas memórias, em cada dia que se passa. Às vezes eu leio páginas em voz alta para outras pessoas, eu compartilho os segredos do meu livro com elas. Mas elas não compreendem toda a profundidade de ser eu, apenas eu posso compreender.

Há páginas que deixei em branco pela minha dificuldade em me decidir, ou talvez de arriscar. Há páginas que transbordam significados. Há páginas repletas de dor, há páginas que permanecem inacabadas, porque me tornei indiferente em relação a elas.

E, além disso, sou personagem – Às vezes até marcante – do livro da vida de outras pessoas. Em alguns eu me perdi capítulos atrás, e lá fiquei. Em outros, continuo presente, página por página, todos os dias.

Mas eu não quero ser apenas um capítulo...

...Não quero ser apenas uma lembrança. Quero estar lá quando o livro se encerrar.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Orgulho

Orgulho é aquele bloqueio ao ato de ceder. É aquilo que te devora por dentro, que sobe entre suas entranhas, estilhaçando seu interior; chega à sua garganta e você sente que ele está louco para sair. O estágio final é quando você o vomita, antes que ele te sufoque. Ele sai de você em forma de palavras brutas, cruéis e mal-pensadas, atingindo a outra pessoa.

Quando você fere alguém com seu orgulho, você sente o quão catastrófico foi aquilo para o outro, mas todos têm seu orgulho, e a pessoa ferida também é orgulhosa demais para demonstrar que aquilo doeu.

Mas o orgulho é aquela proteção invisível que a gente tem, é o impulso do amor-próprio. Sem ele seríamos meros capachos das vontades alheias, e cairíamos a cada dor, a cada sensação de fraqueza, a cada passo em falso. O orgulho nos mantém em pé assim como nossos ossos, e por isso ele não deve deixar de existir em nós, nós é que devemos aprender a lidar com ele, nós é que devemos saber o momento de engoli-lo, por mais amargo que seja...

...Afinal de contas, de que adianta ter tanto orgulho vestido de amor-próprio quando, depois de expelir palavras afiadas, temos que encarar as pessoas que amamos sofrendo?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Keep the faith.

É algo sobre fé, e uma mistura do real e irreal.

Desde sempre as pessoas se sentem dominadas por uma fraqueza vinda de dentro. Desde sempre as pessoas procuram por uma base que as sustente. Desde sempre as pessoas precisam de uma desculpa para fatos inexplicáveis.

Mas eu não acho que, por exemplo, uma aparição numa janela em forma de uma santa seja um milagre. Acho que uma mãe solteira cuidar de três filhos e ainda ter tempo para trabalhar é um milagre. Compreendem? Sim, eu sei, há fatos ainda sem explicação, mas eu não os atribuiria a um Deus.

Eu não acredito em religiões. Acredito que isso é apenas uma forma de separar as pessoas. Sendo que algumas religiões são inaceitáveis. Como apedrejar alguém em público... Isso é algo divino? Então, de que Deus estamos falando?

As pessoas fogem de Deus enquanto está tudo bem, enquanto não precisam dele, enquanto estão dispostas a errar. Segundo a Igreja Católica, Deus perdoa tudo. E como diz Milan Kundera, tudo é cinicamente perdoado, antes mesmo de ocorrer o próprio erro – Não com essas palavras. De qualquer forma, li isso em A insustentável leveza do ser.

Deus é o desespero das pessoas em busca de soluções, quando percebem que seus esforços estão cada vez mais inúteis. Há exceções, é claro. Sempre há. Há pessoas devotas, e que fazem Deus viver em atos humanitários. Mas não é sobre Deus, é sobre a bondade de cada um. Se Deus existe, na minha opinião, ele não é o Pai-de-todos-nós, mas sim, nós mesmos. E por isso, nem mesmo deveria ser nomeado.

As pessoas precisam acreditar que haja algo mais, porque sabem que sua força é escassa, mas automaticamente – Até cegamente, eu diria – acreditar num Deus é acreditar em si, é sugar todas as forças do seu corpo, da sua mente, da sua alma, mas glorificar outro ser, esse Deus que tanto falam.

Não é sobre Deus, é sobre você e sua própria força. Não é sobre Deus, é sobre o medo de ter fé demais em si e se decepcionar. Não é sobre Deus, é sobre a escassa autoconfiança, e a necessidade de um refúgio.

Não é sobre Deus, é sobre o efeito Placebo causado pela sua força, pela sua vontade, pela sua fé.

As pessoas não percebem, mas Deus está em cada uma delas, não como outro ser, mas como elas mesmas. O lado mais forte.

Não quero que percam a fé; nada é mais saudável do que acreditar em alguma coisa. Mas deveriam abrir seus olhos internos e enxergar dentro de si. Lá vocês verão Deus, mas eu não o chamaria assim, porque ele é a união de tudo de melhor que as pessoas carregam.

Por isso eu não acredito em Deus, prefiro acreditar nas pessoas.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Casa fechada

Como uma casa fechada, tudo que se passava dentro dela, ela mantinha em segredo. Como uma casa fechada, o exterior se tornara um mistério, algo perigoso de se desvendar. Como uma casa fechada, o ar parecia demorar a chegar a seu interior, e ela constantemente sufocava. Como uma casa fechada, ninguém sabia o que tinha lá dentro. Como uma casa fechada, as coisas dentro dela não tinham brilho, vida ou emoção...

Mas alguém sempre bate a sua porta. Alguém chega devagar, te faz abrir as janelas, para observar o que está além do seu interior, e você olha com cautela para fora... E o vento batendo no seu rosto te faz sentir vivo. O sol emana um brilho intenso, suavizando todo o mar negro que havia lá dentro.

E então, depois de provar o gosto de estar vivo, de estar aberto-a-novas-emoções, se torna impossível querer se fechar novamente. Se torna impossível voltar a se enterrar numa escuridão dentro de si.

Por fim, abrimos a porta, e deixamos que a pessoa entre. E o interior se torna aconchegante. Se torna belo. Se torna vivo.

Como uma casa aberta - ao começarmos a amar - vivemos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Do Tiago para mim.

Mais uma pequena amostra do meu periodicário:

"Medo. Quatro letras que dizem muito e, ao mesmo tempo, pouco. Todos têm medo de alguma coisa, do desconhecido, do inadiável, da solidão, medo de ter medo. Meu medo neste exato momento é de perder uma coisa, uma coisa não, uma pessoa, mas não uma simples pessoa... não mesmo! É a pessoa mais especial que eu já conheci... Meus pensamentos não são mais os mesmos. A todo instante, cada segundo dos meus dias, eu penso nela, nos dias que ficamos juntos, lado a lado...Inexplicável. Já não consigo contar as letras, mas é, ironicamente, a única palavra que explica isso tudo. Como uma brisa de verão, algo veio e me puxou, levou minha mente, meus momentos solitários, minha espera incessante pela pessoa especial... Algo tão bom quanto deitar na grama e apreciar o céu, tão bom quanto ouvir a melhor das sinfonias, a melhor das músicas... Apaixonar-se. Algo que não acontece todo o dia. É preciso mais do que vontade pra conseguir isso, é preciso alguém, alguém especial, alguém que mude sua vida, faça você ver que tudo o que você viveu até hoje não é nada perto do que você vai viver. Alguém que acenda uma luz, quando todas as outras se apagarem... Alguém que faça você sentir-se vivo novamente, faça você ter um por que... Eu sempre imaginei que essa pessoa só apareceria daqui 10, 15 anos. Nunca tive sorte com essas coisas, então pra que esperar? Disseram-me uma vez: “Não corra atrás da borboleta! Cultive seu jardim, ela virá até você...”. Nunca levei isso a sério... Mas nunca disse que era mentira, e, olha só, realmente era verdade!

O sono já bate como um litro de vodka. Bêbado de sono, já não consigo pensar nas coisas, não como deveria... Queria estar com ela em meus braços... Queria estar apreciando sua delicada beleza... Mas nem todos têm o que querem, e os que têm, lutaram muito pra conseguir (ou não). Pois então, precisarei lutar por isso...Lutarei até meu último pingo de suor, até meu último suspiro, e não será em vão, nada é em vão quando o amor está a seu favor...Loucura? Não, digamos que obsessão, algo que não se pode entender ou explicar... Só sei que daqui 13 dias a cura da minha doença circulará em minhas veias. Apenar por alguns dias, eu sei, mas, por enquanto é o bastante para me tornar o homem (se é que posso me auto-intitular um) mais feliz do mundo! (10/08/08)"

Ok, nem tínhamos 1 mês de namoro e eu já estava completamente apaixonado por você (quando eu digo completamente eu quero dizer que 1027412849125% de mim estavam sob seu poder fofolindo de apaixonamento). Bom, sabemos que dia é hoje, né?! Dia 23.

Se fosse janeiro, estaríamos comemorando meu aniversário e 6 meses de namoro mas, estamos no mês de março, logo, estamos comemorando 8 meses de namoro. É, acho que você não se livrará de mim tão facilmente, Pan. :]

Não estou indo tão longe pra desistir um dia, não mesmo! Então, vai se acostumando com a ideia (sem acento agora, né?!) de passar o resto da vida comigo, ok?! U.U

E isso começa daqui 10 meses, né?! Nunca esperei tanto pelo fim de um ano quanto agora... espero isso mais do que o fim da minha faculdade '-' e, tenho certeza que vai ser o melhor ano das nossas vidas, e o outro ano será melhor ainda, e assim sucessivamente. ^^

Feliz 8 meses, amor da minha vida.Te amo mais do que palavras podem dizer, muito mais, e isso aumenta a cada segundo, mesmo no meio das nossas brigas (qualquer tipo de briga, ok?). Agora só faltam 4 meses pro grande dia, né?! ^^Tá passando rápido... que bom. '-'

Ok, agora deu...Te aminho muito, maravifofalinda. *-*♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ²³

Ass.: Ti

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P.s.: Eu te amo!