terça-feira, 13 de outubro de 2009

Acho que desde que levantei essa manhã, tenho vivido mais o ontem do que o hoje. Até mesmo a primavera voltou ao passado, quando ela ainda era inverno. Eu apenas a acompanhei.
Acho que as músicas foram me empurrando para tempos mais fáceis, mas não melhores; tempos em que era mais fácil respirar, mas não havia motivos suficientes. Na verdade, prefiro ter motivos pra perder o fôlego. Num átimo, lá estava eu, lembrando-me dos meus antigos heróis; das músicas, e céus, ajo atualmente como se minhas antigas músicas fossem silêncio; das pessoas, carrego no meu indefinido ser um pouco de cada uma, como se com o passar do tempo elas fossem me moldando.

Era tão simples e tão significativo. Odeio ter que usar verbos no passado para me referir a isso. Eu tive. Eu gostava. Não... Eu amava aquilo. Eu perdi. E agora, apenas agora, eu entendo: Empatia.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

E então é isso. Sou eu mesma, mas pela metade. Sou o que você sente e o que nem imagina. Sou o aqui e o agora, e sou o ontem. Sou bilhetes e recordações guardadas em caixas velhas. Sou músicas escondidas e fiéis. Sou um pouco do que fui, e um projeto do amanhã. Sou...
...

...
...
...

Sou.
Vem, frio, abraça-me com teus ventos cortantes e congela este momento. Dê-me adeus e leve consigo todos os meus medos. Leve meu inverno para longe, e deixe que a primavera tome conta de mim. Chegou a hora de renascer tudo que secaste no inverno; é chegada a hora de renascer o calor da alma. E assim como uma fênix, as cores renascerão das cinzas paisagens que cultivaste.

Toma teu rumo, frio. Siga em direção ao horizonte, porque tudo que eu preciso agora é calor. Calor humano.