sábado, 11 de abril de 2009

16/01/09
Tenho a impressão de que até o vento percebeu que eu mudei. Ele bate contra meu corpo e percebe que não há mais um vazio no lado esquerdo do meu peito. É agradável senti-lo colidindo contra minha pele e tornando essa monótona tarde de verão um pouco mais suportável. É tão agradável, e eu nem mesmo posso vê-lo. A invisibilidade do vento é tão indiferente. Sua transparência não o deixa menos apreciável... Assim como o que eu sinto. Quero dizer, a parte fundamental – porém, não suficiente – dos meus sentimentos. Refiro-me aquele sentimento clichê, antiquado, natural; l'amour, bien sûr. Não se vê, mas se sente.

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