sábado, 11 de abril de 2009

É incrível a quantidade de coisas em que pensamos enquanto estamos viajando de ônibus. Ao passar por casas em lugares desertos eu me perguntava como seria morar ali. Reparo nas pessoas na rua e imagino o que se passa pela cabeça delas naquele exato momento, onde elas moram e que tipo de vida levam.

Ao passar por montanhas cobertas por um verde quase enjoativo, meus pensamentos, então, viajaram para longe dali, viajaram pelo futuro, por um chalé numa montanha, viajaram através dos meus sonhos e da minha realidade, e então pousam no local onde eu estivera minutos, ou até mesmo horas antes. Eles pousam em volta dele.

Aí então meus pensamentos esqueceram-se do futuro e viajaram pelo passado. Um passado recente. Viajaram pelas manhãs de outono em que eu e meu namorado acordamos atrasados para sair. Pelas tardes em que simplesmente passamos juntos conversando sobre tudo, apenas desejando que o tempo parasse de passar. Mas nunca tivemos essa sorte. E eles viajaram também pelas noites frias em que ele me abraçava e dizia para eu não chorar, que era para eu deitar em seu peito e cair no sono. Assim o fiz, enquanto ele mexia em meus cabelos. Aquilo era tão bom, não demorei a cair no sono. Eu estava exatamente onde queria estar.

Agora tudo que sinto é saudade. Amor, eu amo você.

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