quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dirty One.

Tudo começa com a inocência, e toda a tolice que ela carrega. A fase inocente é a parte cega da vida. Ou melhor, é a parte que a gente só vê o que quer. É a fase de se auto-enganar, de acreditar nas próprias fantasias impossíveis, de ter uma esperança que será um breve dilacerada pela realidade. É como se a realidade fosse uma fera faminta, com garras e dentes afiados, e a esperança fosse um animal indefeso.

Eu era assim. Minha casca não aparentava tanta inocência, mas eu era tola. Eu aparentava ser autoconfiante, mas sempre tem alguém que te rouba isso, e te deixa completamente a deriva em meio a um mar de confusão.

Foi assim que essa pessoa veio a mim. Sem que eu esperasse, sem que me preparasse, sem que eu quisesse. Veio como uma brisa, e depois se tornou um vendaval. Sentimentos não são uma questão de escolha... Não é uma questão de livre arbítrio. Não existe uma explicação, a gente simplesmente sente. Mesmo sem querer.

Então, a gente decai. É assim que percebemos que a pessoa é errada. A pessoa certa nos elevaria, nos faria evoluir, nos edificaria. A pessoa errada nos faz decair. Simples assim. Mas erros são viciantes, não é? É complicado se livrar deles.

Num piscar de olhos, eu não me reconhecia. Não sabia o porquê de tudo aquilo. Mas por um fim em tudo é questão de livre arbítrio, e foi isso.

Ponto final.

2 comentários:

Lucas Castanho disse...

Olá!

Gostei do escrito! Estou seguindo.

Até a próxima!

TIAGO JULIO MARTINS disse...

Acho que sentimentos são racionalizáveis, sim. Basta prestar bem atenção e não se entregar ao drama que a intensidade dos sentimentos nos faz suscetíveis.
Muita gente diz "é inexplicável" e prefere utilizar um monte de metáforas e hipérboles pra representar a grandiosidade daquilo que se está sentindo sem realmente tentar identificar a causa do efeito. Acho que é mais cômodo, mais fácil, mais romântico.
Mas depois que se perde a inocência, isso se torna muito enjoado e sempre soa piegas.
Como tu disse, é fácil colocar um fim nas coisas quando a gente percebe a real importância (ou desimportância) dela.

Se sente, sim. Mas se explica e se dessensibiliza também... Bom, eu acho.